21.1.07

Extreme Makeover II


Porque hoje é domingo, assim já têm assunto na missa...

1 comentário:

Anónimo disse...

Qimladen disse...
Acabei de vir da missa, e, acreditem, foi uma experiência muito mais enriquecedora daquilo que possam pensar! Pelo menos lá ninguém recorreu à exibição de propaganda básica e tendenciosa desprovida de qualquer sentido especialmente do de humor…
Como é natural também espreitei os comentários do artigo anterior e por sentir a necessidade de fazer mais umas pequenas considerações, insistir nas perguntas que não foram respondidas e, finalmente, para que não se registe a eventualidade de alguma das autoras das respostas publicadas ficar decepcionada, decidi aqui deixar mais algumas palavrinhas…
A “Sibila” não reparou com certeza que o “uso da cabeça” foi um convite ao “sim”, mas que partiu da “Miss Piggy”. Também não reparou que o mesmo artigo considera hipócrita a defesa do “não”…, portanto não falemos em questões de simpatia. Depois, por que carga de água considera que eu me dirigi às mulheres em particular ? E a imagem, grosseira, do “útero com pernas” com que se acha identificada por alguém do sexo oposto que não partilha as mesmas opiniões que ela, tem algo de patológico que merecia uma consulta de psiquiatria…
Mas detenhamo-nos no essencial. Penso que ficou claro que aceito que se pratique o aborto desde que seja o último recurso para uma gravidez que venha a provocar desequilíbrios graves e irreparáveis na vida de outras pessoas! E que em caso algum as mulheres que optem por o fazer sejam presentes a julgamento e condenadas a penas de prisão. Penso igualmente e admito que isso não tenha sido completamente explicitado, que se possam efectuar legalmente abortos tanto em hospitais públicos como privados, desde que sujeitos a multas (que poderiam reverter para instituições de apoio a crianças e a apoio a grávidas que o solicitassem), e as grávidas, que a ele recorressem, sujeitas a programas terapêutico de apoio físico ou psíquico e de formação. A grávida poderia, no entanto, pedir a isenção da multa se fosse menor ou, não o sendo, tivesse razões justificativas fortes ou falta de meios financeiros para a interrupção da gravidez. (Isto seria apenas uma ideia…. É evidente que já existe muita legislação sobre o assunto noutros países e muita poderia ainda vir a ser estudada e aperfeiçoada pelos especialistas competentes).

Há ainda 2 questões de peso que os defensores do sim não conseguem contestar: - A primeira é de que é legítimo considerar a Vida Humana como o valor prioritário que preside a todas as acções do Homem e logo, que não se pode deixar sacrificar livremente uma Forma de Vida Humana e que se deve tentar evitar por todos os meios,uma interrupção duma gravidez desejada ou não, especialmente se for causada pela prática de uma vida sexual irresponsável. - A segunda é que a grávida não é “dona” do feto! O pai também tem de ter os seus direitos salvaguardados pela lei e portanto deve ser consultado para a autorização duma eventual interrupção da gravidez da parceira. (Nestes pontos, cara “Sibila” a livre consciência de algumas mulheres é uma coisa muito vaga e nublosa, e de fiabilidade duvidosa…).

Ainda é preciso esclarecer, para que o mais importante fique dito sobre este assunto, que os defensores do “sim” estão a utilizar arrogantemente uma chantagem moral sobre os do “não” acusando-os com o argumento de que estes querem deixar que a lei fique na mesma, que concordam com os abortos clandestinos, que não se importam que as mulheres sejam perseguidas e condenadas, etc., etc.… Isto sim é hipocrisia!
Há muitas leis para mudar em Portugal e a do aborto é uma delas. A mudança das leis está nas mãos dos políticos eleitos e se não o fazem é por que não querem. O que não devem é tentar manipular os cidadãos com o pretexto de acabar com uma má lei, fazer um referendo com a pergunta errada para aprovar outra tão má, talvez por razões diferentes mas igualmente inaceitáveis, como a anterior. Contra as más leis, e são muitas que provocam injustiças tão graves ou mais que as do aborto, há que continuar a lutar pelos meios ao alcance de cada um para que sejam revogadas!

Parece-me que a Sandra não sabe o que é uma metáfora…aliás gostava que me explicasse mais concretamente o que considera uma gravidez não desejada quando se emprega correctamente e responsavelmente o método contraceptivo adequado para o tipo de vida sexual que se pratica. Os casos, raros, de falhas dos métodos contraceptivos são uma excepção e é óbvio que também se exceptuam os casos causados por obra e graça do divino espírito santo e os casos de gravidez obrigada (violência doméstica e violação).

Quanto à “Barriguinha” troquei o “nick” de propósito, para ver quem era mais tolerante… é que o meu também não é “Quimladen” (com u) é “Qimladen” (sem u). Às vezes os pormenores fazem muita diferença e juízos precipitados também!...
Aproveito já agora, a dica da grávida no automóvel (que é um exemplo bem mais infeliz que a minha história), para num “aparte” colocar algumas perguntas a propósito desta reflexão sobre o aborto. Quando vai um cão num carro que tem um acidente e o animal morre, também noticiam por ex. que “morreram 2 pessoas e um cão” ? E é ou não é normal, as pessoas insurgirem-se quando se maltrata um cão, mesmo que seja o próprio dono a fazê-lo? E não é punido por lei maltratar os animais, mesmo quando são os próprios donos a fazê-lo?
Eu tenho mais respeito pela vida de um feto até às 10 semanas do que pela vida de um cão ou de qualquer outro animal… Pouco me importa o relevo que lhes dão num acidente de automóvel…
Mais uma vez respondi às suas perguntas “Barriguita”?

Finalmente para não deixar a “Íris” sem resposta a uma adivinha tão estúpida quanto despropositada, que se pode realmente considerar uma anedota, confesso que como frango dentro de ovos. Omeleta de frango!

PS. 1 (Para a “Sibila”) - O meu exemplo era para o idiota, mas pode ser lido por inteligentes…
PS. 2 (Para a “Barriguita”) – Não consigo vislumbrar a célebre intuição feminina na presunção de que os vossos comentários, opiniões ou posições me possam incomodar ou perturbar. Quanto à ironia do convite para eu “desaparecer”, dá a entender que quem está pouco à vontade é a “Barriguita”. Independentemente dele, esteja certa que a data da interrupção voluntária da minha visita a este Blogue ainda não está decidida.

Cumprimentos e talvez até à próxima (enquanto há Vida há esperança)
Qimladen
22/1/07 03:30

nm disse...
qimladen said...
"Pelo menos lá [na missa] ninguém recorreu à exibição de propaganda básica e tendenciosa desprovida de qualquer sentido especialmente do de humor…"

Ah não? Olhe que não é isso que eu tenho lido por aqui e aqui.
22/1/07 03:56

Piri disse...
O Qimladen faz-se de difícil... Coitadinho, ainda não decidiu se vai ou se fica. Who cares?!
Deves ser mais um daqueles encomendados pelo NÃO instruídos para pregarem na caixa dos comentários de quem tem opiniões diferentes das vossas. Get a life!

Colectivo, excelente cartaz!
22/1/07 19:16

Pelo Não disse...
Acho que o Blog é muito bom e fala de assuntos muito interessantes mas não tem qualquer direito de estar a dizer mal da Igreja e do que Ela defende. Acho que isso foi de muito baixo nível.
Feminismo = Igualdade entre Homens e Mulheres e não - Defesa da morte de Inocentes.
Acho que a campanha do aborto não devia ser feita por aqui. Há feministas a favor e feministas contra. Sou feminista mas no dia 11 vou lá estar a votar NÃO!
22/1/07 23:43

Sandra disse...
Boa noite.
Está fantástica! :) Adoro estas “Extreme Makeovers”. Bom trabalho!

Espero que não levem a mal, mas mais uma vez vou aproveitar este espaço para responder ao Sr. Qimladen.
Por acaso sei o que é uma metafora. Porque pergunta? Necessita alguma explicação?
O que é uma gravidez não desejada? É quando uma mulher engravida sem o desejar.
O que é“uma gravidez não desejada quando se emprega correctamente e responsavelmente o método contraceptivo adequado para o tipo de vida sexual que se pratica”? Azar!
A certa altura o senhor escreve: “aceito que se pratique o aborto desde que seja o último recurso para uma gravidez que venha a provocar desequilíbrios graves e irreparáveis na vida de outras pessoas!” Não é esta a principal razão que leva a maioria das mulheres a praticar o aborto???
Não compreendi essa ideia das multas. É a favor do aborto desde que se pague multa? É isso?
Escreve ainda que a“grávida não é “dona” do feto! O pai também tem de ter os seus direitos salvaguardados pela lei e portanto deve ser consultado para a autorização duma eventual interrupção da gravidez da parceira.” A grávida é dona do seu próprio corpo! E é ela que deve de decidir o que fazer com ele. O parceiro pode/deve dar a sua opinião, mas no final o que conta é a decisão da mulher, pois o corpo é dela!
Sr. Qimladen, posso estar enganada, mas parece-me que a sua grande preocupação é o que o senhor considera ser uma “falta de direitos do homem”.
Cumprimentos
Sandra*
22/1/07 23:48

pelo não disse...
Sandra, a mulher é dona do seu corpo, é verdade! Mas o que ela lá tem dentro é um bebé que também tem direitos. E o bebé é dela e do seu companheiro mas acima de tudo, de si próprio.Se ela não quer ser prejudicada por causa de um bebé ( que por acaso é filho dela) terá o direito de o matar? ela manda nela mas o que está em jogo não e a barriga dela, é um Ser Humano.
Um abraço*
24/1/07 00:08

Barriguita disse...
Mas desde quando é que é obrigatório termos a mesma concepção de vida? E desde quando um feto às 10 semanas, sim, feto, não ser humano, tem personalidade jurídica? E porque se há de soprepôr aos direitos das mulheres? A mulher passa ser uma cidadã de segunda só porque engravida? Estranho humanismo, o vosso...

A este propósito:
"A despenalização do aborto nos termos propostos não viola o direito à vida garantido na Constituição, como voltou decidir o Tribunal Constitucional, na fiscalização preventiva do referendo. No conflito entre a protecção da vida intra-uterina e a liberdade da mulher, aquela nem sempre deve prevalecer. O feto (ainda) não é uma pessoa, muito menos às 10 semanas, e só as pessoas são titulares de direitos fundamentais e, embora a vida intra-uterina mereça protecção, inclusive penal, ela pode ceder perante outros valores constitucionais, nomeadamente a liberdade, a autodeterminação, , o bem-estar e o desenvolvimento da mulher.
(...)
A decisão sobre a legalização ou não do aborto não pode obedecer a uma norma moral partilhada só por uma parte da sociedade. Ninguém pode impor a sua moral aos outros. É evidente que que quem achar, por razões religiosas ou outras, que o aborto é um "pecado mortal" ou a violação intolerável de uma vida, não deve praticá-lo. (...) Mas não tem o direito de instrumentalizar o Estado e o direito penal para impor aos outrosas suas convicções e condená-los à prisão, caso não as sigam. A despenaliação do aborto não obriga ninguém a actuar contra as suas convicções, a punição penal, sim. "
Vital Moreira, no Público de 23/01
24/1/07 03:14

pelo nao disse...
Não concordo com as suas palavras. Aqui nunca ninguem poe a mulher como um ser inferior no momento em que está gravida. Agora todos têm o mesmo direito: Homens, Mulheres, Velhos, Novos, Bebes,... Pode ate ter 10minutos mas na verdade já é um ser humano. Lá que digam em caso de violação, a mulher não teve culpa, e tal... agora em qualquer outra situação se há culpados é o homem e a mulher e NUNCA o bebe!
Um abraço*
24/1/07 21:32

Anónimo disse...
"(...)desde quando um feto às 10 semanas, sim, feto, não ser humano, tem personalidade jurídica?(...).
Dou-lhe os meus sinceros parabéns. Com esta frase "pegou o boi pelos cornos", ou seja, esta é a questão fundamental: O FETO É OU NÃO É UM SER HUMANO E, COMO TAL, DETENTOR DO DIREITO À VIDA?
Raramente encontro um partidário do SIM a afirmar perentório que um feto não é um ser humano.
Só que se não o é às 10 semanas é quando? às 11? quando nasce(só porque mudou de sítio)? quando lhe caiem os dentes de leite? quando passa a ter capacidade reprodutora? sim, porque isso é uma característica fundamental à espécie humana...
Fico sem resposta...

Daniel
24/1/07 21:47

Lolita disse...
Um feto é um feto. Deal with it!
Normalmente, passado 9 meses, nasce, e aí sim, falamos de pessoas.
Casos como a "Vanessa" e a da "Joana", infelizmente demonstram bem que não eram filhas desejadas. Logo, engravidar e prosseguir com uma gravidez nem sempre é sinónimo de responsabilidade. Uma gravidez e uma maternidade não desejadas também têm consequências.
25/1/07 15:36

pelo nao disse...
Está de parabens, "anônimo" (Daniel)!
25/1/07 20:47