Dados do INE e especialista contactado pelo METRO coincidem na análise: a taxa de fecundidade está a cair abruptamente
Esta era a notícia em destaque na edição de hoje do jornal gratuito Metro.
Leitor@s atent@s às "questões de género" não deixarão de se interrogar: e os homens, será que também eles têm menos filh@s? Ou será que as mulheres portuguesas fazem "filhos" sozinhas? Assim, sim, já dá para entender o título da notícia, até porque elas continuam a ocupar os postos de trabalho menos bem remunerados, e como tal optariam por procriar menos (caso contrário a taxa de pobreza disparava, estando as famílias monoparentais femininas muito bem representadas nos 18% de pobres que Portugal ainda conta, segundo dados oficiais recentes.)
Em suma, para além de ocultar os homens e simultaneamente não valorizar a sua função de pai, tal afirmação retira-lhes qualquer responsabilidade quanto às oscilações da taxa de fecundidade, e ao mesmo tempo empurra as mulheres para uma identidade única e predominante: a maternidade - ideia reforçada pela imagem do artigo na página 2 (uma barriga de grávida) e pelo comentário que a acompanha: "Mulheres têm a primeira criança quase aos 30."
Nada se sabe quanto à idade dos homens aquando da sua primeira criança!
Mas porque será que as mulheres - e os homens - têm a primeira criança quase aos trinta? Por falta de vontade? ou por falta de infra-estruturas de apoio e de políticas de conciliação por parte das empresas?
Miss Piggy
Sem comentários:
Enviar um comentário