Pensas que o feminismo está morto e já passou de moda? Não - o feminismo goza de boa saúde e está a passar por aqui!
Bem-vind@ ao blog do COLECTIVO FEMINISTA, grupo de mulheres e homens que procuram combater o sexismo e homofobia e trazer o feminismo para a rua.
Pensava que esta marcha ia realizar-se amanhã dia 26, como já vira anunciado em Lisboa, agora reparei que mudou para 20 e, voltas trocadas porque queria participar e népias... Bom, ficou a intenção. bjokas****
Gostei muito de conhecer este espaço revela um olhar atento e activo. Parabéns!
*Procuro "Mulheres e Revolução" de Maria Velho da Costa.A dificuldade é arranjar o texto original.Será que me podem dar uma dica onde o posso encontrar?
Desde já obrigada, e até já (venho cá espreitar se há resposta e acompanhar o blog.
DO DIREITO DE SER GAY (OU CONDENDANDO A HOMOFOBIA) AUTORA:SALETEMARIA www.cordelirando.blogspot.com
Diante do Tribunal Zeca expôs a questão “sou um homossexual E peço vossa atenção O que deve ser julgado E d’uma vez extirpado É o ódio; o amor, não!
Não está em discussão A minha intimidade Aqui a acusação Pesa contra a insanidade De quem ousa decretar Que é proibido amar Invocando a divindade
Meu direito de ser gay Não me pode ser negado Pois não ajo contra a lei Quando ouso ser amado Por alguém do mesmo sexo Por mais que seja complexo Esquisito ou estranhado
Sou eu, pois, um cidadão Que trabalha e contribui Com esta grande nação E que dela não se exclui Mereço todo o respeito Sou sujeito de direito Que avança e evolui
O que temos que julgar É a tal da homofobia Que está a provocar Mortes pela cercania Privando gente decente De viver alegremente Entre nós, em harmonia
Não podemos conceber Que a injustiça impere Temos que nos envolver Pois toda morte nos fere Todo gay é ser humano Todo ser é nosso “hermano” Se pensa assim, não tolere
Não seja condescendente Cúmplice ou co-autor Muito menos conivente Com tais atos de horror Se você tem consciência Denuncie a violência Seja lá contra quem for
Não me chame de demente Anormal ou acintoso Nem tampouco de indecente Pecador ou monstruoso Ouse atacar injustiças Reveja suas premissas Não sou eu o criminoso!
O que há de errado em mim? E que você não suporta? Tente escrever outro fim Para a velha história torta Um defensor de direito Não dormirá satisfeito Omisso, fechando a porta!
A diferença existe Não adiante negar Pra que este dedo em riste Sempre a me apontar?! Vá julgando a minha vida E escondendo a ferida Que tu não ousas curar!
Em toda a Humanidade Houve gente como eu Vítima da iniqüidade Quanto inocente morreu! Em nome de um modelo Que sempre imprimiu um selo Separando tu e eu
Foi assim com outros seres Igualmente “diferentes” Ante os “podres poderes” Continuaram silentes? Mulheres, negros, judeus Anciãos, crentes, ateus São todos eles doentes?
Suplico, reflitam mais Sobre vossas posições Examinem os anais Das vossas “convicções” Vejam que todos perdemos Que Justiça defendemos Admitindo exceções?
Repito: eu sou um gay Veado, homossexual! Sou eu um fora-da-lei? Delinqüente, marginal? Tenho direito a viver? Ou minha sina é morrer Sob a lâmina de um punhal?
Digam, senhores jurados! E povo da minha terra! Quem deve ser condenado?
É este que aqui vos berra? Ou a tal homofobia? Que mata à luz do dia Vai à missa, ora e enterra?
Eu quero finalizar Pedindo para os doutores Comecem a se indagar Olhem-se nos corredores Quem não conhece um gay? São todos foras da lei? Ou há algum entre os senhores?
Quem nunca teve um colega Quem sabe até um parente Aquele a quem você nega O direito de ser gente De existir, ser feliz Ser dono do seu nariz E levar a vida contente?
Vamos, pensem um segundo! Antes do seu veredito Quem aqui criou o mundo? E tudo o que “está escrito”? Não é este o argumento? Que lhes serve de cimento Sobre o que tenho dito?
Deixo agora com vocês O direito de julgar Não é mais a minha vez Fale quem quiser falar Condenada a homofobia Quem sabe por mais um dia Muitos possam respirar
Sendo ela absolvida Certamente ouvirão Dizer que mais uma vida Foi ceifada no sertão E também no litoral Onde gay não é igual A qualquer um cidadão
Data vênia, meus senhores Mas isto é covardia Onde eu for, onde tu fores Sempre dor e agonia Ponham um ponto final Sou um homossexual Tenho direito ao meu dia!
3 comentários:
Pensava que esta marcha ia realizar-se amanhã dia 26, como já vira anunciado em Lisboa, agora reparei que mudou para 20 e, voltas trocadas porque queria participar e népias...
Bom, ficou a intenção. bjokas****
Gostei muito de conhecer este espaço revela um olhar atento e activo. Parabéns!
*Procuro "Mulheres e Revolução" de Maria Velho da Costa.A dificuldade é arranjar o texto original.Será que me podem dar uma dica onde o posso encontrar?
Desde já obrigada, e até já (venho cá espreitar se há resposta e acompanhar o blog.
Vânia S.
DO DIREITO DE SER GAY (OU CONDENDANDO A HOMOFOBIA)
AUTORA:SALETEMARIA
www.cordelirando.blogspot.com
Diante do Tribunal
Zeca expôs a questão
“sou um homossexual
E peço vossa atenção
O que deve ser julgado
E d’uma vez extirpado
É o ódio; o amor, não!
Não está em discussão
A minha intimidade
Aqui a acusação
Pesa contra a insanidade
De quem ousa decretar
Que é proibido amar
Invocando a divindade
Meu direito de ser gay
Não me pode ser negado
Pois não ajo contra a lei
Quando ouso ser amado
Por alguém do mesmo sexo
Por mais que seja complexo
Esquisito ou estranhado
Sou eu, pois, um cidadão
Que trabalha e contribui
Com esta grande nação
E que dela não se exclui
Mereço todo o respeito
Sou sujeito de direito
Que avança e evolui
O que temos que julgar
É a tal da homofobia
Que está a provocar
Mortes pela cercania
Privando gente decente
De viver alegremente
Entre nós, em harmonia
Não podemos conceber
Que a injustiça impere
Temos que nos envolver
Pois toda morte nos fere
Todo gay é ser humano
Todo ser é nosso “hermano”
Se pensa assim, não tolere
Não seja condescendente
Cúmplice ou co-autor
Muito menos conivente
Com tais atos de horror
Se você tem consciência
Denuncie a violência
Seja lá contra quem for
Não me chame de demente
Anormal ou acintoso
Nem tampouco de indecente
Pecador ou monstruoso
Ouse atacar injustiças
Reveja suas premissas
Não sou eu o criminoso!
O que há de errado em mim?
E que você não suporta?
Tente escrever outro fim
Para a velha história torta
Um defensor de direito
Não dormirá satisfeito
Omisso, fechando a porta!
A diferença existe
Não adiante negar
Pra que este dedo em riste
Sempre a me apontar?!
Vá julgando a minha vida
E escondendo a ferida
Que tu não ousas curar!
Em toda a Humanidade
Houve gente como eu
Vítima da iniqüidade
Quanto inocente morreu!
Em nome de um modelo
Que sempre imprimiu um selo
Separando tu e eu
Foi assim com outros seres
Igualmente “diferentes”
Ante os “podres poderes”
Continuaram silentes?
Mulheres, negros, judeus
Anciãos, crentes, ateus
São todos eles doentes?
Suplico, reflitam mais
Sobre vossas posições
Examinem os anais
Das vossas “convicções”
Vejam que todos perdemos
Que Justiça defendemos
Admitindo exceções?
Repito: eu sou um gay
Veado, homossexual!
Sou eu um fora-da-lei?
Delinqüente, marginal?
Tenho direito a viver?
Ou minha sina é morrer
Sob a lâmina de um punhal?
Digam, senhores jurados!
E povo da minha terra!
Quem deve ser condenado?
É este que aqui vos berra?
Ou a tal homofobia?
Que mata à luz do dia
Vai à missa, ora e enterra?
Eu quero finalizar
Pedindo para os doutores
Comecem a se indagar
Olhem-se nos corredores
Quem não conhece um gay?
São todos foras da lei?
Ou há algum entre os senhores?
Quem nunca teve um colega
Quem sabe até um parente
Aquele a quem você nega
O direito de ser gente
De existir, ser feliz
Ser dono do seu nariz
E levar a vida contente?
Vamos, pensem um segundo!
Antes do seu veredito
Quem aqui criou o mundo?
E tudo o que “está escrito”?
Não é este o argumento?
Que lhes serve de cimento
Sobre o que tenho dito?
Deixo agora com vocês
O direito de julgar
Não é mais a minha vez
Fale quem quiser falar
Condenada a homofobia
Quem sabe por mais um dia
Muitos possam respirar
Sendo ela absolvida
Certamente ouvirão
Dizer que mais uma vida
Foi ceifada no sertão
E também no litoral
Onde gay não é igual
A qualquer um cidadão
Data vênia, meus senhores
Mas isto é covardia
Onde eu for, onde tu fores
Sempre dor e agonia
Ponham um ponto final
Sou um homossexual
Tenho direito ao meu dia!
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