É óptimo que assim seja, pois estes são assuntos que merecem atenção, visibilidade, respeito, um espaço na agenda política, mediática, pessoal... urgentemente.
Mas infelizmente a desigualdade de género não apareceu de repente esta madrugada nem vai desaparecer, como que por magia, quando o dia de hoje chegar ao fim.
Por isso, neste 8 de Março fazemos votos de que não seja preciso ser 8 de Março para nos lembrarmos de que a discriminação anda a passar por aí e que ainda há muito a fazer para que o sexismo, a homofobia ou o racismo se tornem espécies em vias de extinção. Para nos lembrarmos de que fazer com que isso aconteça é uma responsabilidade de tod@s nós, todos os dias... até quando não é 8 de Março.
"OH, THOSE SPECIAL MONTHS OF THE YEAR! Assigning commemorative months to social issues has become another form of tokenism. This poster is a favorite on university campuses where African Americans and women always get art shows in February and March."
Poster e frase das Guerrilla Girls
Poster e frase das Guerrilla Girls
Um feliz dia 8 de Março para tod@s!
Taxista Feminista
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3 comentários:
Olá penso que post se adequa por isso decidi deixar o meu convite, passo a explicar:
O meu nome é Renata Lourenço.
Sou aluna do quarto ano de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e estou a realizar o meu estágio de fim de curso na ILGA sobre a temática das famílias homosexuais e da parentalidade gay e lésbica.
Parte do meu trabalho será precisamente de recolha etnográfica de testemunhos de pessoas que constituam uma família homossexual e que já tenham ou desejem acrescentar uma criança à família.
O objectivo para já será a composição de um panfleto informativo mas também de carácter político acerca deste novo tipo de famílias que lutam pela legalidade e pela igualdade de direitos na sociedade.
Para a realização deste trabalho preciso, como já disse de testemunhos, que até agora estão a ser difíceis de encontrar.
Deixo assim a proposta, caso alguém se enquadre no perfil e queira colaborar.
Com os melhores cumprimentos;
Renata Lourenço
E-mail – e MSN - Sapiensgeneboosted@gmail.com
HOJE RECEBI FLORES
Não é o dia do meu aniversário, nem nenhum outro dia especial …ontem à noite tivemos a nossa pior discussão e ele disse-me muitas coisas cruéis que me ofenderam muito. Mas, sei que está arrependido por mas ter dito e sei também que não as sentia de facto; porque hoje mandou-me flores!...
Também não é o nosso aniversário de casamento, nem nenhum outro dia especial: ontem à noite, atirou-me contra a parede e tentou estrangular-me…
Pareceu-me um pesadelo, mas dos pesadelos nós despertamos e sabemos que não são reais. Levantei-me esta manhã, toda dorida e com o corpo cheio de nódoas negras, mas eu sei que ele está arrependido; porque hoje mandou-me flores.
Não é Dia dos Namorados nem nenhum outro dia especial: a noite passada feriu-me e ameaçou-me de morte e hoje nem a maquilhagem nem as mangas largas puderam esconder os golpes e as feridas que me fez. Não fui trabalhar porque não quero que as outras pessoas saibam o que ele me faz. Mas eu sei que ele está arrependido; porque hoje mandou-me flores….
Hoje não é Dia da Mãe nem nenhum outro dia especial: a noite passada ele agrediu-me mais uma vez, mas desta vez foi pior. Se o deixo que hei-de fazer? Como é que eu posso sustentar-me a mim e aos miúdos? Que poderia eu fazer se me faltasse o dinheiro? Tenho tanto medo dele! Mas dependo tanto dele que tenho receio de o deixar… Mas eu sei que ele está arrependido; porque hoje mandou-me flores…
Hoje é um dia muito especial: é o dia do meu funeral. A noite passada ele conseguiu matar-me. Agrediu-me até à morte…
Ah! Se eu tivesse tido a coragem e a força para o deixar….Se eu tivesse aceite ajuda profissional…Hoje não teria recebido flores…
Anónimo
Acho incrível que 3 dias depois do 8 de Março se inicie um concurso televisivo na Tvi que reproduz e aprofunda o estereótipo da mulher bela e burra versus o homem desajeitado e inteligente!!!
Afinal...que maior ofensa para as mulheres deste país e para os seus objectivos emancipatórios que esta execrável disseminação de uma dicotomia fabricada, opressiva e fictícia?
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