21.2.08

Era uma vez uma feminista



"Madalena Barbosa, fundadora do Movimento de Libertação das Mulheres, em Abril de 1974, organismo de luta pelo "direito à igualdade de oportunidades, sem discriminação de género", morreu hoje aos 66 anos, anunciou o grupo parlamentar do PS.

Nos anos 80, Madalena Barbosa integrou a Comissão da Condição Feminina, actual Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, onde trabalhou até agora, lembra o grupo parlamentar do PS. Nas eleições intercalares de 2007 foi candidata à Câmara de Lisboa pelo Movimento Cidadãos por Lisboa.

No decorrer da sua carreira, a activista representou Portugal e a União Europeia em várias cimeiras e conferências internacionais, nomeadamente em Nova Iorque.

Madalena Barbosa auto-definia-se como "feminista, socialista e mulher, chamada em outros lugares do mundo gender expert".

Madalena Barbosa morre um dia antes do lançamento de "Que Força é Essa", o seu livro de crónicas e textos de reflexão sobre temas como feminismo, igualdade e estudos de género, participação cívica e política. A obra será lançada amanhã na Fábrica Braço de Prata, no Poço do Bispo, onde também será feita uma última homenagem."

Fonte: Público


Miss Piggy

6 comentários:

Marita Moreno Ferreira disse...

falar da sua obra é preciso, para que se entenda por que falamos dela nos nossos blogues

Anónimo disse...

A Madalena gostaria de ter conhecido as jovens feministas.Tentou. Recusaram. Agora fazem-lhe muitas homenagens.Podiam ter aprendido muito ao "vivo e a cores", azarinho, agora comprem o livro.

Lolita disse...

Ah, quem disse que somos jovens? Quem disse que não a conhecíamos ou que a conhecíamos? Quem disse que não temos o livro? Tantas ilações, com direito a sermãozinho moralista...

Gosto particularmente de bocas maternalistas ou paternalistas escondidas no anonimato... Anyway, o feminismo aprende-se, amplia-se, vigoriza-se e revigoriza-se no contacto uns/umas com @s outr@s, mas o seu tipo de comentário depreende que há feminismos melhores que os outros, numa relação hiérarquica (geracional), claramente não a nossa perspectiva... Ou, pelo menos, não a minha. Há muito que aprender de ambos os lados (independentemente da intensidade de percursos e experiência, menor ou maior, de cada movimento, de cada geração, de cada feminista); dialéctica, chama-se.

Anónimo disse...

Só se pica quem tem alfinetes Lolita

Lolita disse...

Whatever, pelo menos assino... :P

Anónimo disse...

Car@ anónim@,

A Lolita já respondeu ao seu comentário, mas eu aproveito para acrescentar algo mais porque me parece importante esclarecer e corrigir algumas coisas (erradas) que escreveu.

A Madalena Barbosa contactou o Colectivo (por email) 3 vezes com perguntas e pedidos aos quais respondemos de imediato e positivamente.

Nunca pediu para nos conhecer. Nunca recusámos fazê-lo.
É verdade que, se o tivesse pedido, o mais certo é que lhe tivéssemos explicado - como já fizemos a tantas outras pessoas que nos apresentaram propostas semelhantes -
que não seria possível marcarmos encontro porque somos um grupo anónimo. E que lhe tivéssemos proposto - como já fizémos a tantas outras pessoas - que nos mantivéssemos em contacto por outras vias.

De qualquer forma, algumas/uns de nós conheceram a Madalena "ao vivo e a cores", em nome individual e não como membros do Colectivo, e acham que esse contacto proporcionou sempre muitas aprendizagens de parte a parte. E é isso que interessa.

Não me parece que um comentário como o seu, indelicado, brusco, baseado em informações falsas e coisas que assumiu erradamente, seja um grande contributo para as merecidas homenagens à memória da Madalena Barbosa.

Essa memória deveria ser um factor de união no movimento feminista em Portugal, e não um ponto de partida para divisões e acusações.