18.4.08

Já tinha saudades dela


"(...) uma política de natalidade não tem sentido se não for simultaneamente "amiga" do casamento. A procriação resulta mais facilmente do casamento do que de um subsídio. O casamento gera filhos. O subsídio não procria. Porém, o primeiro instinto do indivíduo é o da sobrevivência. É inútil falar de família se ela for, através do divórcio, um atentado ao indivíduo e assim destruídos direitos individuais. "Eliminar" a culpa é eliminar a responsabilidade com consequências noutras áreas sociais. A precariedade das relações facilitadas pelo divórcio, a ausência de uma lei protectora do património familiar ou um laxismo na regulação do poder paternal são atentados à família e ao casamento que, em última instância, afastam o indivíduo desta prática (casar).
(...)
Por fim, lembrar que o casamento foi regulado na lei para proteger os mais fracos (as mulheres e os filhos)."

- Isilda Pegado sempre apegada ao discurso dissimulado  do costume, no "Público" de ontem.


Porque será quanto mais o país anda para a frente mais a Isilda Pegado se insurge? E quando é que ela cresce de vez e percebe que é possível ter filhos fora da sagrada instituição do matrimónio? Portanto, segundo Isilda Pegado é preferível ficar 100 anos casada com a mesma pessoa, mesmo que já não se goste dela, mesmo que seja impossível uma convivência, mesmo que todos os dias voem pratos e cadeiras por cima dos filhos que ela quer tanto que se tenha. Por isso, vamos lá dificultar o divórcio, vamos lá, vamos deixar que casais cheguem ao limite das suas forças e dignidade, e que no seio da sagrada instituição do matrimónio se instale também o desrespeito, o não te poder ver mais à frente, o durmo com outr@ porque já não consigo dormir contigo, o bater porque estava a pedi-las, os gritos, os berros, o bater de portas, o nem penses que ficas com a torradeira, o dinheiro que ganhamos é para pagar o advogado que nos trata do divórcio desde 1998.

1 comentário:

Má ideia! disse...

da fraqueza essencial:

creio na existencia dum ponto cego (como nos olhos)para a existência do próprio discurso, o Ser.
O masculino é fraco se não viver em grupo, condição de espécie. Só depois é designado forte, em relação ao grupo, e em relação aos interesses do grupo. Os interesses bélicos de defesa são completamente distintos dos de ataque (disto nada mais digo).
O macho designado como forte é-o num "lugar" que excede a sobrevivencia optima, sendo que sobrevivencia define a tal fraqueza, que não é fraqueza, é afinal, um interesse secundário do grupo. Tão-me a seguir?
Os pater romanos tinham direito de vida ou morte sobre os filhos (tal é também o significado implícito da bastardia, e da relação especial do masculino com deus), sobre o tal extra espécie, que descende do combate intra-espécie.
Humano é o que mata.
O casamento foi regulado por lei para proteger interesses territoriais.