Cada partido terá de apresentar uma quota de 33 por cento de mulheres. O maior desafio coloca-se nas autárquicas - a eleição deve rondar mais de 19 mil candidatas. (in Público de hoje, página 4)
Porque é que já me está a cheirar que está quase a começar o velho discurso da "ordem natural das coisas"? E porquê? Porque alguns partidos, senão mesmo todos, vão ter sérias dificuldades em ter tantas mulheres nas suas listas. Não, porque elas não andem pela política, mas porque a maior parte dos partidos nunca tiveram uma representação equitária na sua composição.
Por aqui, defende-se as cotas, precisamente porque pela "ordem natural das coisas" não vamos lá. É preciso um empurrão.
5 comentários:
eu gostava de saber o que acha de ter 33 por cento de mulheres a trabalhar nas obras e 33 por cento de homens a trabalhar como cabeleireiros. Parece-me que para sermos sitematicos, tem de funcionar assim.
L.
Ou ainda, ter 33 por cento de Ucranianos ou Angolanos com nacionalidade portuguesa.
Caras e caros. Se eu fosse mulher, não sentiria nada menos que ultraje por este tipo de paternalismo absurdo.
Mas as ONGs que são bem financiadas pelas grandes fundações (como a F. Rockefeller) gostam de paternalismo.
Aliás, se não existisse esse paternalismo, não poderiam dar ordens à sociedade, enquanto fingem representar essa mesma sociedade.
porquê querer pertencer ao mesmo grupo que sempre pôs as mulheres de parte? é uma questão que me ultrapassa.
a política foi sempre feita contra as mulheres e o que elas conseguiram em termos de direitos e emancipação foi essencialmente através das lutas sociais contra a classe política
O sistema de quotas até alcancarmos um equilibrio, sem dúvida que sim!
Enviar um comentário