12.12.08

Mais um estudo em que Portugal ocupa os últimos lugares porque não respeita as mulheres

Ora aqui está, mais um relatório que aponta para o eterno problema da falta de infra-estruturas para crianças em idade pré-escolar, característico das sociedades baseadas no rendimento masculino como principal ganha-pão e na eterna disponibilidade feminina para o cuidar... e lá no fundo, em contornos ainda nítidos, o raio da figura do 'chefe de família', que apagaram da lei mas não das mentalidades de quem tem o poder económico e político!


Lido no DN online :

Faltam creches e mais de 70% das mães trabalham
Portugal é um dos piores países da OCDE ao nível dos equipamentos e assistência à infância. Apenas cumpre quatro dos dez padrões necessários. Não cumpre na licença parental, no investimento público e na formação superior dos funcionários, considerados insuficientes, e na taxa de pobreza, considerada excessiva. É no grupo etário dos três anos que o défice é maior. Só 23% destas crianças estão em estruturas licenciadas apoiadas, quando 70% das mães trabalham a tempo inteiro.
O País é analisado no conjunto dos 25 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e fica nos últimos lugares em termos de equipamentos e de medidas de apoio à infância.


Mais de dois terços de todas as mulheres da OCDE em idade activa trabalham for de casa" e "a participação feminina faz crescer o PIB". Por outro lado, "uma economia global mais competitiva baseada no conhecimento está a ajudar a convencer os governos e os pais de que a educação pré-escolar é um investimento no sucesso académico. E, por último, "alguns países da OCDE começaram a encarar os serviços de cuidados infantis com uma maneira de lutar contra o decréscimo da natalidade", explicam os peritos.

Dêem ouvidos aos peritos, please! sabem do que estão a falar.

Um dos padrões necessários à mudança é uma licença parental de um ano com um salário a 50%, o que já é possível na Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, França, Noruega e Hungria. Por exemplo, a licença de maternidade dos noruegueses e dos franceses é cinco vezes superior à dos portugueses.
Uma cobertura de creches gratuitas ou subsidiadas de 25% das crianças entre os zero e os três anos é a meta da OCDE, mas os líderes da UE concordaram em aumentar a fasquia para os 35% até 2010.


Pois, pois... como diz a música ? Parole, parole.


Miss Piggy

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