22.5.06

Cartoon da Semana

Diário de Notícias, 21 de Maio de 2006
a

- Barriguita

7 comentários:

Anónimo disse...

A invisibilidade da mulher. O professor entra na sala de aula e faz a seguinte pergunta aos/às alunos/as: "Quem foi o primeiro homem a chegar ao espaço?" em um coro bem ensaiado os/as alunos/as responderam em alto e bom som "Iuri Gagárin!", muito bem, disse-lhes o professor. E agora me respondam: "Quem foi a primeira mulher a fazer o mesmo?" o que se seguiu foi um silêncio constrangedor... Está mais do que na hora de sabermos de cor e salteado o nome desta mulher, não é? Deixo para vocês a tarefa de por aqui o nome dela "Voilà mon coeur!"

Taxista Feminista disse...

Boa questão, Oscar! E eu aceito o desafio!
A primeira mulher a chegar ao espaço foi Valentina Tereshkova, a 16 de Junho de 1963.
Aqui encontrarão uma notícia sobre o acontecimento e poderão ver dois curtos vídeos com entrevistas feitas em Inglaterra na altura - note-se o tom algo paternalista com que algumas pessoas falam do feito de Tereshkova!
Aqui poderão ler uma curta biografia de Valentina Tereshkova.
Aqui encontrarão informação sobre outras importantes mulheres astronautas.
Devo admitir que quando li o teu comentário, Oscar, também não sabia o nome da primeira mulher no espaço - aqui fica a nossa homenagem a ela e a todas as outras que por aí passaram! :)

Anónimo disse...

Muito bem companheira! Tenho uma historianha para lhes contar. Tod@as vocês já devem ter ouvido falar em Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro Americano dos EUA no era Clinton e ex(felizmente)presidente da Universidade de Havard. Ora bem, este senhor pediu exactamente demissão do cargo universitário depois de, numa conferência, fazer um discurso estúpido e sexista onde afirmava que a as mulheres são incompetentes para as matemáticas e para a pesquisa académica. Que tal se instituíssimos aqui o "Prémio Summers" para as bacoradas sexistas? É somente uma sugestão... Um abraço

Anónimo disse...

gostava de ver qual seria a adesão popular e mediática a uma bandeira exclusivamente "masculina", para apoiar uma hipotética partida para o mundial da selecção "feminina" de futebol! aliás, a fpf podia era investir estes recursos e energias no apoio real à prática federada por parte das mulheres e às selecções femininas de futebol: o facto de portugal ter a equipa de homens em 7º lugar do ranking mundial e a das mulheres em 45º(!) (por pouco que valham esses "rankings") diz alguma coisa acerca da maneira como esta coisa da bandeira foi escandalosa e falaciosamente tratada e da complacência institucional em face da desigualdade.

Anónimo disse...

concordo com o eduardo!e já agora posso afirmar que o futebol feminino em portugal se tivesse mais apoio da fpf poderia expandir-se mt mais! já nem falo em salários, só estou mesmo a referir me ao apoio por parte dos patrocínios, entre outras coisas.. mas não falo só de futebol, muitos desportos (já rotulados como "desporto para homens") como o rugby, futsal, entre outros, não têm mt apoio, e mtas vezes fico revoltada com isso..

Anónimo disse...

"Parece que há mais mulheres que vêem bola, logo é um "sector de mercado a explorar". As mulheres constituírem um sector de mercado a explorar não é propriamente uma novidade. Mas de certeza que continuam a existir muitos mais homens adeptos de bola e que, como em quase toda a publicidade, mulheres a promoverem produtos para homens resulta. Podem ser carros, whisky ou ceroulas. A mulher lá está. Os adeptos do futebol de certeza que gostaram de ver. Já no Europeu se notava como, mesmo em bancadas só com meia dúzia de mulheres, as câmaras as filmavam selectiva e insistentemente. Dava a ideia de que estavam muitas mulheres no estádio. Sobretudo, os homens que viam a bola em casa aplaudiam. O complemento certo para o espectáculo, a cerveja e os amendoins.

Será um fenómeno luso? Na Suíça, parece não se acreditar neste súbito interesse das mulheres pelo glorioso esférico, e a publicidade apresenta homens sorridentes que prometem acolher as "viúvas do Mundial", desprezando o campeonato e reservando toda a atenção para as senhoras. Está visto. No que toca à paridade, Portugal é vanguardista."
in http://dn.sapo.pt/2006/05/22/opiniao/com_bolinha.html

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo no tocante à urgência de medidas que reponham a chocante desigualdade dos apoios públicos à prática desportiva no feminino, em geral, e no futebol, em particular...
E não me venham os homens dizer que o jogo não é tão apelativo, quando disputado pelo sexo oposto..só quem nunca viu o empenho com que a selecção feminina (toda ela composta por jogadores amadoras, que conciliam o desporto com uma outra profissão) entra em campo, em contraste com a desmotivação que muitas vezes reina na nossa selecção "A" masculina...
Depois, existem muitos outros aspectos que permitem afiançar do maior desportivismo feminino com quem um desafio é encarado...basta comparar!
Mas a televisão podia ajudar mais...que tal a transmissão de uns joguitos das selecções femininas? O público adepto do futebol certamente gostaria que não tratassem o género feminino como algo digno de um "fenómeno"...