Um homem e o seu filho estão a fazer uma viagem de carro e têm um acidente. Ficam inconscientes e gravemente feridos. São transportados para um hospital. Quando o filho é levado para a sala de operações, um dos cirurgiões aí presentes diz: "não o posso operar - este é o meu filho!". Como é que isto é possível?
Terão 24 horas para tentar encontrar a resposta a este enigma. O tempo já está a contar.
[Acrescentado a 26 de Maio]
Trata-se de uma cirurgiã, a mãe do rapaz.
Este é um enigma usado nos mais variados contextos e países para discutir a relação entre linguagem e estereótipos de género e demonstra como as regras gramaticais que utilizamos ou os significados habitualmente associados a certas palavras podem alterar a nossa percepção da informação e até tornar invisível um dos sexos.
Neste enigma (e em muitos outros casos na língua portuguesa) são as mulheres que ficam invisíveis. Mas há várias situações em que acontece o inverso: por exemplo, a palavra inglesa "nurse" designa tanto as enfermeiras como os enfermeiros, mas sendo uma profissão fortemente associada às mulheres, é lida automaticamente no feminino, como é discutido aqui.
Podem ler mais sobre este enigma aqui.
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33 comentários:
A criança é filha de um casal gay - um dos pais é o acidentado e o outro é médico no hospital.
É com indisfarçável prazer que constato que este blog se dedica a tratar dos verdadeiros problemas das mulheres, como a denúncia dos piropos (curiosamente misturados com exibicionismo, agressão e assédio) ou o ataque às vendidas que fazem o jogo sujo dos chauvinistas, em cenário publicitário ou futebolístico. A violência doméstica, a discriminação no emprego e no salário, o assédio sexual no local de trabalho, a excisão feminina são questõezinhas menores, típicas do povoréu ou das imigrantes iletradas. Talvez um dia, quando aqueles verdadeiros problemas estiverem resolvidos, estas almas caridosas lhe dediquem algum tempo e atenção. Sugiro, talvez, a realização de uns cházinhos vespertinos para tratarem do tema, ficava-lhes bem e assentava-lhes que nem uma luva.
Nem respondo aos comentários aos meus comentários dos outros posts. Verdadeiras tubaroas (nunca me atreveria a designá-las no masculino, córror!): fecham os olhos quando mordem, aka, nem lêem o que escrevi, ou não perceberam, ou perceberam e fizeram-se de parvas. Parvoíce militante devia ser pecado mortal.
Nesta cruzada contam com uma plêiade de miguinhas militantes (com nicks sugestivos e bem feministas, como Barbie, Barriguita e Miss Piggy) e simpatizantes, sempre prontas ao auto-elogio, a passar a mãozinha pelo lombo e ao No Pasarán! E ainda um nicho de neófitos, miguitos fofos sempre simpaticos, concordantes e dispostos a cantar loas a todas as palavras iluminadas que as meninas escrevem. Para estes cito o Ricardo: "oh pá, o que vcs querem, sei eu...".
Hoje, ao despertar de mais uma noite de sono amadurecedor dos meus preconceitos machistas, verifiquei que passaram aos jogos florais. Um enigmazinho de excelente gosto e que faria insónias ao Sherlock Holmes (ai, desculpem, à Miss Marple). Gostei especialmente do final, do "como é que isto é possível", a soar a "onde é que nós chegámos, meu Deus?". Não sei porquê, o tom do bom gosto fez-me lembrar a célebre anedota contada aos microfones de uma rádio local pelo ministro Carlos Borrego sobre a reciclagem do alumínio. Depois, estas almas vanguardistas passarão às adivinhas e, finalmente, chegarão às anedotas. Excelente.
As minhas desculpas. Afinal constato que esta etapa já foi atingida, e com 100% de sucesso. Parabéns.
Caro Joefingers,
Muito obrigado pelas críticas tão construtivas e sugestões tão úteis. Da próxima vez vamos tentar arranjar nicks mais "feministas" e "miguitos" menos fofos.
Volte sempre!
a cáustica atitude afirmativa que o sr. joe fingers tem passeado por aqui dava um case study de masculinidade ofendida! certamente que fala do alto da segurança que lhe proporcionam as suas muitas acções desenvolvidas pelas causas que sabe serem as mais importantes na luta pela igualdade de género… porque é que sente tanta necessidade em utilizar termos estereotipados para se caracterizar e para caracterizar as colaboradoras deste blog? não creio que as ofenda, mas deve sentir-se muito bem consigo mesmo.
espero que o indisfarçável prazer que confessa sentir em vir para aqui nos continue a proporcionar comentários tão bem-humorados e certeiros.
Esse cirurgião é a mãe do rapaz acidentado, mas este enigma funciona melhor em Inglês, uma vez que aí não há de facto género explícito na expressão "the surgeon" e portanto é mais gritante o machismo que se pretende demonstrar.
E a criança não poderia ter sido raptada por uma rede de tráfico sexual de menores? E o papá não a poderia ter reconhecido nessa situação dramática? É que poderia... Tb quero o prémio!!!!
O Joe Fingers tem alguns pontos a favor. Senão, reparemos: foi divulgado um relatório da Amnistia Internacional muito crítico da situação das mulheres em Portugal; é mesmo indicador de um feminismo com alguma seriedade e consequência que não tenha sido feita qualquer referência a este relatório pelos autores deste blog? Por outro lado, não faltam artigos sobre piropos, vacas, bandeiras nacionais e montras da benetton... É bom para o estereótipo das mulheres como criaturas fúteis, lá isso é.
Gostava de perguntar a estas campeãs da liberdade porque é que retiraram o meu comentário que escrevi ontem à noite (no post dos piropos), sem sequer me darem uma satisfação. Porque dizia umas verdades desagradáveis? Não gostaram do que lá estava? Viva a liberdade de expressão!!!
Well, well, well... continuam a discutir-se questões muito relevantes neste "fórum", ao q vejo. Já faltou mais para a Shyztory aparecer. De qqr forma, e dada a importância fulcral do tema bien sure, ao menos podiam ter trazido a lição bem estudada, é q cirurgiã é uma palavra q existe na língua portuguesa.
Eu cada vez chego mais à conclusao que há pessoas que vêm aqui e não leem o que está aqui escrito, leem sim o que querem ler. Shyznogud, o que o colectivo tentou mostrar com aquele post não foi que não existe a palavra "cirurgiã" em portugues, isso não está escrito em lado nenhum neste post. Mas no plural diz-se "cirurgiões" mesmo que no grupo existam cirurgiãs, acho que era isso o que o colectivo queria demonstrar. Não percebo a hostilidade por parte de tantas pessoas que aqui vêm, eu pessoalmente gosto muito do blog e visito-o regularmente porque sinto que há pessoas que pensam como eu e que me entendem quando leio os posts. Quem não gosta não olha, foi o que me ensinaram, virem para aqui criticar de forma hostil os ideais e o trabalho dos outros acho que não é de modo algum correcto. Realmente nao entendo as pessoas, se as feministas falam de violencia e dos problemas mais sérios as pessoas queixam-se porque as femninistas so falam de violencia, mas se depois falam de outros assuntos como a desigualdade de género, que é muito falada neste blog, entre outros, as pessoas queixam-se que não se falam de coisas mais sérias. Qualquer feminista se preocupa com questões mais sérias como o aborto e violencia domestica, entre outros. Mas essas não são as unicas causas com que o feminismo se preocupa, há mecanismos muito profundos e enraizados na sociedade que perpetuam todos os dias nas nossas vidas uma desigualdade de género quase invísivel, que ninguém dá conta, e que por causa disso todos aceitam e vêem como normal. Pelo que eu vejo epercebo neste blog o colectivo quer tentar tornar visiveis, essas formas de desigualdade inviseis. Não quer proibir a nudez, nao quer proibir os piropos, nao quer proibir nada, so quer alertar as pessoas para a invisibilidade de certas coisas. Pelo menos é o que eu percebo quando venho a este blog e leio os posts. Na minha opinião pessoal tudo o que acontece é preoduto de coisas que já aconteceram antes à muitos muitos anos, e a invisibilidade da desigualdade de género que existe, alias a propria desigualdade de genero que existe é que veio dar origem a assuntos chamados "mais sérios" como o aborto e a violencia domestica, entre outros. Acho sim importante falar de aborto e violencia domestica, mas acho igualmente importante falar de desigualdade de género e lutar para o aumento da visibilidade da mesma. E apesar de tudo, essas questões mais serias são questões que, felizmente, são já muito faladas nos media e noutras organizações. Enquanto que a desigualdade de género nas coisas grandes do dia a dia, mas especialmente nas coisas pequeninas e mais banais, raramente é falada, e acho importante que o colectivo se tenha vindo a debrucar sobre esse tema. Mas as pessoas veem para aqui com ideias feitas sobre o que são as feministas e o que é o feminismo e em vez de lerem e perceberem a mensagem do colectivo, leem e veem o que querem e não o que está escrito. Interpretam tudo mal, e entram num chorrilho de hostilidades e insultos, que não se justificam.
Da minha parte só tenho a dizer isto: Força colectivo! E continuem assim !
Holly shit, agora criticar é mau? pois a mim sempre me disseram (e esta foi das q eu papei mesmo) que mau, mau era aceitar acriticamente aquilo q nos é servido. Nenhum dos "criticos" q vi por aqui desconhece a existência das tais "questões invisíveis"... agora, desculpe lá, a irrelevância de algumas é de tal maneira evidente q dar-lhe tempo de antena torna-se quase confrangedor. A malta nasceu num país q não tem "neutro"... so what? (Buga emigrar para a Alemanha?) vou-me abespinhar toda porq qdo se fala de Humanidade se escreve o "Homem"? poupem-me... A falar a sério a sério, qdo espreitei pela primeira vez neste blog tive uns laivos de esperança, "Colectivo Feminista" pareceu-me um nome promissor. Passados uns dias volto cá e o q vejo? Discutem-se piropos (ah! já agora: eu gosto - como qqr pessoa, porra - q me mandem piropos sim... mas, reconheçam lá, vocês não queriam falar de piropos, berdá? houve uma infeliz escolha vocabular), tamanhos de roupa, montras de lojas..e numa salganhada impressionante adjectiva-se como sexista coisas q de sexista têm pouco para além da temática sexual. Hum... falando desta temática, um tema, por exemplo, q me agradaria muito ver discutido por feministas era o da legalização da prostituição. Q dizem? Aceitam o desafio?
Alguém me explica o interesse que certas pessoas têm em estar sempre a dizer que o blog devia é estar a discutir outros assuntos. Criem um blog e ponham lá o que vos apetecer. Gostei muito deste blog, mas é cansativo estar sistematicamente a ler "se vocês são feministas, então porque falam disto e não disto?". Um blog é exactamente um espaço para se colocar o que vai na cabeça das pessoas, pode ser engraçado, pode utilizar pequenas coisas do quotidiano para se pensar de forma mais global, pode-se fazer muitas coisas, todas elas válidas. è rídiculo andar a criticar um blog porque não falam daquilo que algumas pessoas acham que elas deviam estar a falar.
Acho que este blog já me despertou para uma série de temas que, exactamente porque mts pessoas acham ridiculos, nunca são discutidos nem abordados.
Mt bem, continuem assim!
Então anonymous, mais aliviado por libertar esse grito feroz de masculinidade ofendida cheio de bom gosto e sustentado por uma inteligência chocante? Que bom para si!
À semelhança de outr@s bloggers (como por exemplo, aqui: http://arrastao.weblog.com.pt/arquivo/2006/05/comentarios) consideramos que a partir do momento em que o espaço dos comentários é utilizado para frases ofensivas, caluniosas e insultos, o "comentário" perde o direito de constar. Insultos não são críticas construtivas. Uma coisa é fazerem um comentário que não estão de acordo com o post, o que é perfeitamente legítimo, outra é reduzirem este espaço para ataques pessoais, usando termos insultuosos, recorrendo a linguagem pouco séria, sexista e homofóbica, coisa que tem acontecido como alg@s d@s "visad@s" bem o sabem. Em breve diremos mais sobre isso.
Ola meninas... bela iniciativa..! :p
Visitem... o blog d@ agricult@r... (reparem que meti arrobas.. :p)!!!
Uma pergunta: vocês são uma liga de defesa da decência e dos bons costumes? se não são, parecem. Que raio terá escrito o zézinho? Deve ter sido algo de terrível para medidas tão drásticas, já que o anónimo acima vos chama de "paneleirões" mas isso, pelos vistos, não é insulto, nem pouco sério, nem sexista, nem homofóbico porque não o censuraram. A gente não pode saber do tal hediondo comentário do zé coiso e decidir em conformidade? Somos criancinhas? Estão no vosso direito, o blog é vosso. Mas que o transformam num clubinho de migos e migas, como mencionei num dos meus comentários, isso é inegável.
ah! serei eu também, e cito, «alg@s d@s "visad@s"»?
Para não julgarem que estou para aqui a delirar nas minhas modestas opiniões, que foram desprezadas, talvez uma coisa da imprensa vos abra os olhinhos. Quem se atreve a abrir isto?
http://195.245.179.232/mp3/wavrss/at1/114151-0605251053.mp3
"Atrevi-me" Sr. Dedos. Sem estilo, sem graça, e do mais básico que possa existir. Assim foi o Janela Indiscreta.
As opiniões valem pelo que valem; não é por ter passado do registo escrito para o registo audio que é mais ou menos pertinente, mais ou menos credível. Mais uma opinião. E sinceramente, nada de novo.
Ah, e ri-me. Até lhe achei piada. Pelo desfiar de clichés que também atravessam aquele discurso.
Eu sei, o enigma... e pk o cirurgiao (neste caso seria cirurgia) e portanto mulher..!
"e"? "e"? "e" quê? "e" nada! aliás, não há muito mais a dizer. Eu limitei-me a emitir as minhas opiniões críticas, como outras pessoas o fizeram. Uma delas, que pelos vistos terá tocado algumas cordas mais sensíveis, foi censurada (e continua a ser, porque nunca tiveram the guts para voltar a colocar o comentário do tal maduro). E por aqui ficamos. Reparei que desde ocorreram estes desenvolvimentos mais recentes, o silêncio impera. Acabaram-se os temas para debate? V. Exas. temem ficar sob fogo cruzado? Mas que ricas feministas, que belo espírito de combatividade. Só quando batem todos palminhas uns aos outros é que surgem posts novos, não é? Querem saber a minha previsão? um foi calado, eu calo-me porque acho que já enjoa, outros e outras fazem o mesmo e vcs voltam à rotina bloguística e à paz do Senhor com as vossas palmadinhas nas costas uns aos outros. Tudo como dantes, tudo deve de ser, pois claro.
Sr. Dedos:
Curioso como tudo o incomoda, por cá. Eu por mim, acho-lhe imensa piada (mmmm, serei uma verdadeira feminista?), já que argumenta que com o seu possível desinteresse pelo blog, este acabe por morrer. Mais, gostei particularmente da teoria do medo a Vª e outras Exas que têm comentado. Isto, deixe-me que lhe diga, mata-me a rir. Acho-o divertidíssimo e só tenho pena que não tenha um blog onde compartilhe de forma mais ampla as suas perspectivas. I Wonder Why...
Espero que não tenha nada que ver com falta de "Guts".
Só uma notinha de despedida, que eu já estou farto de vocês e vice-versa: todas as críticas que li foram objecto de feroz desdém (incluindo aquela do maduro que terá escrito horrores). Até sugestões sérias para temas de debate foram desprezadas. Relembro uma, em jeito de desafio, sobre a legalização da prostituição. Não mereceu qualquer resposta. As sublimes criaturas deste blog preferem continuar a olhar para o umbigo e a debater, como se costuma dizer, o "suprassumo da barbatana". Hão-de ir longe. Como dizem os brasileiros, "vcs naum se enxergam, não?".
E ao cavalheiro que assina "estúpido": vejo que faz jus ao seu nick, ou não sabe ler ou não percebeu nada do que eu escrevi (aliás, não é caso isolado). Ora releia lá e veja se não entendeu (se é que..) tudo ao contrário, sobretudo a parte das "imigrantes". Mas não precisa confessar, imagino que deva ser incómodo o reconhecimento de tamanha burrice emproada...
Epá! Falou-se do Colectivo Feminista na rádio - obrigado Pedro Rolo Duarte por nos ajudar a aumentar a visibilidade do feminismo nos média! Há tanto tempo que não se ouvia falar da palavra na rádio, televisão ou jornais... Boa!
JoeFingers, escreveu que "reparei que desde que ocorreram estes desenvolvimentos mais recentes, o silêncio impera. Acabaram-se os temas para debate?"... Caro amigo, folgo em saber que gosta tanto dos nossos posts que fica cheio de pena quando estamos alguns dias sem escrever! É que nós somos feministas a tempo (quase) inteiro mas por causa do emprego, aulas, etc. não podemos ser bloguistas a tempo inteiro. É que os membros do Colectivo têm vida própria, para além do blog - surpreendente, não é?!
E para quê as despedidas? Tem sido um dos nossos leitores e comentadores mais assíduos, custa-nos vê-lo partir!
Car@s Shyznogoud e JoeFingers,
Sugeriram que falássemos da questão da legalização da prostituição e parece-me ser um tema muito pertinente - mas particularmente complexo e ao qual nos é impossível dar respostas simples e seguras.
Já falámos dele várias vezes em encontros do Colectivo e as opiniões entre nós são muito variadas, por vezes antagónicas. Há quem esteja cert@ da sua posição e quem tenha dificuldade em assumir uma posição. Há quem defenda certos modelos de regulamentação da prostituição e quem os rejeite totalmente. Portanto, não esperem de nós uma posição única e "oficial" - não a temos nem poderemos ter nunca, pois somos um grupo muito diverso.
Posso, a título pessoal, dizer-vos que me tenho informado sobre o tema da prostituição ao longo dos últimos anos e que a informação disponível é tão vasta (e por vezes contraditória) que cada vez que a exploro fico com mais perguntas do que respostas.
O modelo sueco de criminalização da procura, (ie, de clientes de prostituição), implementado em 1999, tem dado que falar e tem sido considerado, em particular nos países nórdicos e bálticos, como o mais eficaz modelo de enquadramento legal da prostituição e muit@s têm salientado os seus efeitos positivos (como por exemplo aqui. No entanto, há muitas pessoas/grupos que se opõem a este modelo (ver um testemunho de uma prostituta aqui) e vários estudos têm demonstrado que o modelo de criminalização da procura tem efeitos muito negativos (como se lê aqui).
O Sindicato Internacional de Trabalhadoras/es do sexo, fundado em Inglaterra pela portuguesa Ana Lopes, reivindica um modelo diferente, o da descriminalização de todos os aspectos da indústria do sexo. As suas reivindicações podem ser lidas aqui e a sua análise sobre as questões centrais da regulamentação da prostituição podem ser consultadas aqui.
Sugiro também que leiam esta notícia sobre o caso de uma mulher alemã (país em que se adoptou o modelo de legalização da prostituição) que esteve em risco de perder o subsídio de desemprego por não ter aceite uma proposta de trabalho como prostituta que lhe foi enviada pelo centro de emprego.
Recomendo ainda que visitem o blog Feministactual que tem entrevistas muito interessantes com mulheres e homens prostitut@s.
Como vos disse, trata-se de informação muito vasta e contraditória e é um tema em que não há consenso nem respostas fáceis ou soluções perfeitas.
Não consigo deixar de achar curioso q, depois de terem recebido com pedras na mão quem aqui não veio para vos dar loas (" se não gostam vão para outro sítio" era o tom principal), agora resolvam achar q, se calhar, "os gajos até q propuseram uns temas com o seu interesse" e interpelem directamente alguns dos autores da, oh coisa hórrórosa, crítica. Tb. não deixa de ser curioso q tenham sido sempre tão lestas e assertivas em todos os posts mas q qdo se chega a assuntos q "doem" (caso da prostituição) escolham a posição confortável do "não há consensos" (mas tb. quem é q quer consensos? consensos e unanimismos são das coisinhas mais detestáveis q existem). ah!Apesar de, de vez em qdo, ter uma costela pedagógica q diz "olá" ando em maré de a guardar para os meus rebentos (é uma questão de boa gestão de recursos) e não vou por isso pôr-me a discutir literacia...mas até é um tema que merecia dadas as evidentes incapacidades de leitura revelados pela maioria dos comentadores (começando logo pelo senhor q assina "estúpido" - ora vá reler de novo o q o joe fingers escreveu sobre excisão e outras temáticas) q - resolveram vá lá o diabo entender porquê - q todas as pessoas q, por exemplo, achassem q uma publicidade com um broche implicito não era nada do outro mundo nem, tão pouco, lesivo para as mulheres (esta perturba-me, fazer broches é atentatório para a minha condição de mulher?), eram chauvinistas em potência e, pasme-se, pessoas a qm o feminismo incomodava.Como gosto mais de discutir com quem tem tomates (ai, credo, q expressão mal escolhida e com óbvias possibilidades de ser interpretada psicanaliticamente)calo-me e sigo o vosso conselho inicial... para quê preocupar-me?
Bom, se fosse um homem a dizer o que acabas de escrever, ó Shyznogud, era logo metralha em barda. Como presumo que sejas uma mulher... vai ser metralha em barda à mesma, só que para cima de ti, o que irá enchê-las de remorso fraternal.
E, já que me puxaram pela língua, adianto que, das duas, uma: ou são adolescentes ou têm memória curta. Isto porque um dos anúncios da mesma marca mostrava, há uns anos, o já célebre Figo a fazer publicidade aos famigerados chupas. Pelo que me lembro, não estava como dito na boca, mas sim na mão. Ohhh a dar a chupar, certamente...
Interessante essa dialéctica do chupa-chupa. No fundo não é mais que a perversão - absolutamente revolucionária e incorrecta segundo os cânones da sociedade machista - da visão tradicional da sexualidade humana que determina que à mulher cabe a passividade e ao homem o ser activo. Ora , no caso em questão, o elemento activo é, forçosamente, quem chupa e a passividade fica guardada para quem é chupado.
sabemos quem é que se fodeu
prefiro não saber nada das pessoas em causa.
mas qd faco sexo n estou a contabilizar passivos e activos.
Vcs lembram-em aqueles machões que acham q ser gajo é ficar por cima, ou os outros que pensam que ir ao cu de rapazinhos n é sexo homossexual se for no papel activo. Toda esta conversa pra mim é conversa de machão. Se nos preocupamos com o mesmo temos a mesma cabeça.
ó yoda, até uma perdida como eu vê que aquela do Figo estar "a dar a chupar" era ironia. Sabes o q é, n?
Esse Joe Fingers tem alguma coisa dentro da cabeça?
Yoda, realmente concordo:
"O Figo "dava-o a chupar" (pegava nele). A garota chupa-o (está na boca)e o meu caro amigo Joe quer pretender que é igual e que, portanto, o mesmo anúncio já foi feito com um homem?"
Enfim, há cáda um..
Continuem assim, Femenistas!
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